segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Da arte da compensação

Final de ano é sempre muito difícil para fazer dieta ou apenas manter o peso em dia. Isso porque temos sempre muitas festas, jantares, reuniões de família, petiscos e bebidas.

Sou da opinião de que se você está ainda na fase do emagrecimento, deve segurar a onda. Claro, comer um pouco de um doce ou aquela lasanha linda não vão matar todo seu regime, mas só se houver a compensação necessária depois. 

Se você só comeu algo fora do seu planejamento é simples: aperte um pouco as calorias da próxima refeição, substituindo o lanche por um pedaço de melancia ou a carne por um omelete de claras, por exemplo.

Agora, se escorregar de verdade e comer muito mais do que uma simples compensação pode ajudar (acontece, não é sempre que a gente está contida), sou muito a favor de fazer um dia de desintoxicação. Nesse último final de semana tive 3 dias de festas patrocinadas pela empresa, em um delicioso hotel-fazenda. Claro que comemos tanto que a brincadeira era que a festa ano que vem terá de ser em um SPA. Por isso, hoje é dia de comer pouco (ou pelo menos não comer gordura).

Existem diversas dietas de desintoxicação no google, algumas que duram dias, mas adaptei a minha para as segundas depois do exagero, comendo frutas o dia todo, basicamente, e no dia seguinte já estou mais leve.

O café da manhã mantenho basicamente a mesma coisa dos outros dias, tirando apenas o queijo: faço um sanduíche de pão integral com alface e/ou agrião, requeijão light e duas fatias de peito de peru para tomar de café da manhã. 

Nos lanches eu como frutas (hoje optei por uma uva verde de manhã, pera de tarde, banana-maçã antes da academia). 

Para o almoço faço uma salada de frutas reforçada (a de hoje teve 1/4 de mamão, 1/2 maça, 1 banana-maçã, 1 lasca de gengibre e o suco de um limão, sem nenhum adoçante). 

Depois da academia pretendo fazer um ovo quente antes de ir para o banho com pimenta do reino (para repor a proteína e não morrer de fome enquanto faço minhas atividades noturnas) e quando termino banho + cremes + camisola, faço uma vitamina (pretendo usar mais 1/4 do mamão e a outra metade da maçã que sobrou com 250ml de leite desnatado).

E é isso, seu corpo e regime agradecem.

Dieta Seca-Barriga

Li na Boa Forma, há alguns meses, que foi lançado um livro chamado Dieta Seca-Barriga. Como sou assinante da revista, até participei de uma promoção para ganhar um. Não ganhei e acabei me esquecendo de comprar. 

Hoje acabei me deparando com uma matéria com vinte dicas que podem ser encontradas no livro. Apesar de algumas serem batidas, e fiquei feliz em não ter gasto dinheiro com o livro por isso, é sempre bom lembrar porque nem sempre colocamos na prática aquilo que sabemos. 

Segue abaixo os chamados dez mandamentos de uma barriga seca:

Não jantarás depois das 21 horas: À noite a atividade física é menor. Aquele lanchinho rápido ou jantar vai virar gordura porque o metabolismo e a queima de calorias desaceleram no repouso. Cuidado! É no abdômen que parte das células gordurosas se concentram.

Não beberás nada durante as refeições. Nem água: Os líquidos dificultam a ação do suco gástrico, responsável por degradar os alimentos no estômago, e ainda dilatam o órgão. O ideal é não beber nada uma hora antes e uma hora depois das refeições para prevenir gases e o "efeito estufa". Mas não deixe de beber água durante o dia: o recomendável são oito copos diários. O corpo desidratado corre mais risco de sofrer com a prisão de ventre.

Não abusarás do açúcar: O açúcar causa fermentação intestinal, serve de combustível para as bactérias que se agrupam no organismo. É aí que são formados os gases, que causam desconforto e fazem a barriga crescer. Comer de vez em quanto, e em pequenas quantidades, não vai te fazer mal.

Mastigarás bem os alimentos: Fica muito mais fácil para o organismo digerir os alimentos quando eles chegam bem fracionados ao estômago. Quando é preciso triturar e misturar toda a comida mal mastigada, o corpo aumento o fluxo de sangue, o que faz distender o abdômen. Conte até 20 entre uma garfada e outra.

Adotarás uma dieta rica em frutas e legumes e pobre em gorduras nocivas, evitando alimentos que retenham líquidos: Vegetais são ricos em fibras, e fibras ficam mais tempo no estômago, acalmando o apetite. Além disso, absorvem gorduras e açúcares como uma esponja, melhoram o funcionamento do intestino e ajudam a eliminar as toxinas. Resultado, leitoras: a barriga encolhe! Fique longe das gorduras saturadas, presentes nas carnes vermelhas gordas, manteiga, laticínios integrais e queijos amarelos. Troque-as pelas monoinsaturadas (presentes no azeite e abacate) e poli-insaturadas (abundantes nos peixes de águas frias e profundas, como salmão, sardinha, bacalhau e atum). Ah! Esqueça os embutidos (linguiça, salsicha, mortadela, presunto...), enlatados, salgadinhos, comidas congeladas e temperos prontos.

Evitarás alimentos preparados com leite, grão do feijão e lentilha: Muitas mulheres, mesmo que não sejam intolerantes à lactose (açúcar do leite), provavelmente desenvolveram algum tipo de sensibilidade a ela. Ela pode causar desconforto abdominal e aumento de gases. Feijão e lentilha também apresentam lactose, além de possuir carboidratos não absorvíveis.

Ficarás longe de bebidas gasosas e alcoólicas: Água gaseificada e refrigerantes light estão nessa lista, sim. O gás distende o estômago. A cerveja reúne dois inimigos da barriga sequinha: gás e álcool. O vinho é mais inofensivo e faz bem ao coração quando você toma uma taça. Lembre-se: cada grama de álcool fornece 7 calorias; a mesma quantidade de gordura soma 9. Fica a dica!

Evitarás café depois das refeições: O cafezinho nosso de cada dia possui cafeína, fitato e tanino. Essas duas últimas substâncias são chamadas de antinutricionais porque dificultam a absorção de alguns nutrientes essenciais ao organismo. É melhor diminuir a dose para conquistar a barriguinha dos sonhos.

Consumirás, de maneira moderada, alimentos como castanha-do-pará, amêndoa e semente de girassol: Esses petiscos, apesar de serem ricos em selênio (mineral antioxidante), são bastante calóricos. Se forem acompanhados de sal causam retenção de líquido, o que prejudica a barriga sarada.

Jamais tomarás antibiótico sem necessidade: O uso indiscriminado dessa medicação torna o remédio ineficaz e cria superbactérias, difícil de combatê-las. É um perigo para a saúde! Além de tudo isso, tomar antibiótico por conta própria pode contribuir para destruir a flora bacteriana e proliferar os microorganismos nocivos, formando gases e causando prisão de ventre. Não arrisque!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A maldição da celulite

Celulite é uma praga. Assim como erva-daninha, se livrar de celulites é uma tarefa muito árdua. Ela me acompanha desde que nasci, bem como a muitas mulheres da minha família. Então, na verdade, eu sei que de tudo nunca vou me livrar.

Antigamente tinha celulites até o joelho, mesmo fazendo drenagem uma vez por semana, tanto que dificilmente mostrava as pernas. Depois que emagreci sumiu bastante, mas ficava até a metade da coxa. Depois de 5 meses de musculação (5 vezes por semana) e spinning (3 vezes por semana), sobraram apenas nos glúteos mesmo, mas para colocar um biquíni tranquila ainda não dá.

Estou testando então algumas coisas contra ela. Tenho comido melancia todos os dias, tomado chá de hibisco e essa semana comecei a usar o shorts da Trifil que promete reduzir as marcas por ajudar a circulação. Vamos ver no que dá. Porém se ainda assim não melhorar, estou pensando em utilizar aquelas pílulas de tratamento, mas achei tudo muito caro.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Minha caminhada


Desde que me conheço por gente fui gordinha. Tudo bem, tive um período da infância em que não o era, mas só até uns 8, 9 anos, depois disso, foi só ladeira abaixo. 

Logo, desde o milênio passado me incomodo razoavelmente com este fato, talvez por convenção social (e todos aqueles blábláblás de gordinhas sobre a relevância extremada do corpo no século XX e XXI), talvez porque eu tenha bom senso e veja que todas as roupas que coloco, desde 1994, não ficam boas como poderiam ficar.

Quando era mais nova, nem ligava muito. Para dizer a verdade, me importava muito mais com o fato de que a locadora do bairro na qual alugava todos os filmes do Snoopy fechara. Mas com o tempo vi que era milhares de vezes mais fácil comprar quantas fitas do Snoopy quisesse do que emagrecer 5 quilos em uma semana.

Comecei a ver o quão difícil era emagrecer mais ou menos com uns 13 anos. Porque a adolescência é uma merda, sabe? É a época em que decidimos parar de usar qualquer tipo de calça de moletom em público e começar a usar sutiã em todos os momentos de nossa vida, salvo no banho e durante o sexo. Quer dizer, durante o sexo eu aprendi bem depois, mas isso não vem ao caso agora. 

Em torno de uns 14 anos, encasquetei que iria morrer solteira e BV porque estava gordinha e, de boa, quem era o louco que iria beijar uma gordinha? Ou seja, para atrair os olhares masculinos, decidi fazer regime! Emagreci, não o suficiente para ser a menina mais cobiçada nas festas, mas o bastante para beijar meninos bonitos. E sinceramente, nunca fui muito megalomaníaca no quesito relacionamentos: um bacana sempre foi melhor do que oito idiotas correndo atrás de mim, então legal. 

E minha adolescência passou assim: cheia de remédios para emagrecer, dietas fantásticas e malucas de treze dias ou sopas, um surto semanal de emagrecimento - no qual eu decidia correr 5 km e comer só salada todos os dias, efeito sanfona, desculpas para meus relacionamentos não darem certo... 

Até que no dia 07 de setembro de 2005 decidi que dessa vez iria emagrecer de verdade e definitivamente e assim o fiz. Tudo bem que me entupi de remédios emagrecedores (anfetaminas, sibutraminas e todos as inas que pude) e cortei um monte de comida a ponto de ter que tomar vitaminas (olha as inas ai de novo) para meu cabelo cair pouco e minhas unhas não quebrarem toda semana, mas o que importa é que emagreci muito, muito mesmo. 

Passei então o melhor ano da minha vida, magra e bonita. Fazia festas todos os finais de semana, bebia horrores (e o álcool junto com nossas amigas pílulas inas, como vocês devem saber, dava um barato super legal), pegava um monte de caras bonitinhos e tudo era lindo. Até que um dia quebrei a perna. Quebrei a perna três semanas antes de ir morar na Alemanha durante três meses. Quebrei a perna três semanas antes de ir morar na Alemanha durante três meses nos quais eu não teria acesso a nenhum remédio da família ina. 

Vocês devem imaginar como termina a história. O para sempre, sempre acaba, já diria a Cássia Eller, e o meu ultimate emagrecimento definitivo deu lugar a 20 quilos a mais desde que colocaram o gesso na minha perna (sim, ganhos apenas no tempo que morei fora). 

Comecei a namorar meu noivo e cheguei aos 88 quilos em 2009 (qualquer dia posto a bioimpedância que fiz   no mês de setembro deste ano). 

Decidi dar um basta em 2010. Vi que aquilo me fazia mal à saúde física e mental, que não estava feliz e por isso iria mudar. Logo, resolvi me organizar para fazer um regime, mas não como sempre fiz: iria aprender a comer direito, fazer exercícios e principalmente não tomaria nenhum tipo de remédio.

Não foi fácil emagrecer tanto, principalmente pelas recaídas, mas cheguei a um ponto que finalmente posso dizer que consegui. Aprendi a ponderar, fazer substituições, a balancear e há mais de 1 ano que não engordo, apenas mantenho e emagreço. 

Ossos Largos

Sempre tive algumas certezas na minha vida: não gosto de Campari, não como coelhos e carneiros por dó,  Friends é insuperável, nenhum desenho será melhor que Snoopy e nunca vou ter menos de 70 de cintura porque tenho ossos largos. Na verdade, essa última informação sempre foi verdadeira durante 25 anos de existência, mas se provou infundada.

Ocorre que durante toda minha vida ouvi sempre a mesma história: que eu nunca seria magrinha por mais que eu fizesse regime. Inclusive uma personal me fez uma explicação minuciosa quanto ao fato de eu não ter biotipo para ter uma cinturinha, mesmo emagrecendo. Obviamente as pessoas frisaram os tais ossos largos todas as vezes que explanavam minha falta de potencial.

Sendo assim, sempre fiz meus regimes achando que seria, no máximo, uma quase magra e que o meu melhor seria chegar a uns 67kg e parar por ai mesmo. Ledo engano.

Há dois anos comecei um regime quando estava com 89 quilos. Sei que pode parecer superficial, mas me fazia bem mal ser gordinha. Eu era ciumenta, tinha pouca auto-estima e não era feliz. Então decidi que não iria mais tomar remédios, tampouco fazer loucuras, iria fazer direito. Consegui ir muito bem e com alguns deslizes, consegui este ano atingir 69 quilos antes de me mudar com meu noivo.

Em maio nos mudamos e eu, temendo engordar tudo de novo, já me matriculei em uma academia legal perto de casa e, me policiando, em cinco meses estou indo todos os dias, salvo algum problema que possa ocorrer. Conclusão: neste mês de novembro conquistei uma cintura menor de 70, pesando 64 quilos. 

Com isso, vi que a verdade da vida é que as pessoas adoram minar nossos sonhos e dizer que não podemos. A verdade é que devemos acreditar em nós, não na opinião dos outros.

Sendo assim, criei esse blog para tentar ajudar as pessoas contando minha experiência. Quero tentar passar como emagreci, as dicas que fui colhendo durante o processo e como consegui perder 26 quilos sem cirurgia, apenas com força de vontade, reeducação e exercícios, tentando ser sempre o melhor que poderia ser.